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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Teresópolis recebe reforços para agilizar operações de resgate, inclusive com a ajuda da Igreja SUD em disponibilizar suas confortáveis capelas

Exército e policiais civis de delegacias da capital reforçaram as operações de resgate e o controle do trânsito nos acessos às áreas de risco como Fischer, Poço dos Peixes e Três Córregos, em Teresópolis. A Força Nacional de Segurança e a Polícia Militar passaram a patrulhar pontos estratégicos da zona urbana do município. Desde o início da crise causada pelas chuvas, o número de pessoas nas ruas do centro cai diariamente. 
Cinco dias após a tragédia que devastou Teresópolis, a população obedece aos apelos da Defesa Civil e da prefeitura para permanecerem em casa. O trânsito, que estava completamente congestionado na quarta e quinta-feira, está fluindo regularmente, mesmo com as interdições espalhadas pela cidade. O número de carros nas ruas diminuiu, assim como o de pedestres. A maior parte do movimento é de voluntários para os centros de recolhimento de donativos e de apoio aos desabrigados, além de moradores que precisam comprar mantimentos. 

A BR-116, Rio-Bahia, é um dos acessos principais para os bairros mais afetados pelas chuvas. Na estrada, barreiras desabaram sobre a pista, e o entulho é acumulado nos acostamentos. Homens da Defesa Civil e dos Bombeiros trabalham para liberar completamente a rodovia e para garantir o acesso das equipes de buscas. 

Por toda a estrada é possível encontrar pilhas de móveis estragados pela chuva, além de carros arruinados pela enchente. Famílias continuam trabalhando para limpar a lama das casas que resistiram ao poder das águas. Os moradores que tiveram as casas interditadas retiram os pertences que restaram durante todo o dia e saem em busca de abrigo.

O Ginásio Pedro Jahara, o Pedrão, começa a se tornar um ponto de captação de alimentos. Os desabrigados são distribuídos por 17 abrigos em toda a cidade. Mesmo com espaço de sobra, o Pedrão não acomoda as famílias com o mesmo conforto oferecido em locais como a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, no bairro da Barra. Ainda existe resistência em abrir as escolas estaduais para receber a população, o quje facilitaria o redirecionamento das vítimas no ginásio. A preocupação principal é com um evidente atraso no início do ano letivo. 

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