Numa época em que grandes grupos religiosos em todo o Estados Unidos estão enfrentando quedas significativas no número de membros, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias continua a crescer substancialmente, de acordo com o Censo decenal de Religião de 2010 nos EUA divulgado hoje pela Association of Statisticians of American Religious Bodies .
Os resultados, divulgados hoje, em Chicago, durante as reuniões anuais da Associated Church Press, mostram que enquanto a Igreja Católica relatou um declínio de 5 por cento no número de membros durante a década que terminou em 2010 e as principais denominações cristãs relataram um declínio de 12,8 por cento durante o mesmo período de tempo, a Igreja SUD registrou crescimento de 45,5 por cento.
O número de adeptos da fé muçulmana nos Estados Unidos cresceu 66,7 por cento.
O Censo de Religião dos EUA inclui vários municípios e 236 entidades religiosas norte-americanas, de acordo com Scott Thumma do Instituto do Seminário Hartford de Pesquisa de Religião e um dos líderes do projeto ASARB. Os números são baseados em relatórios da associação de entidades religiosas, ao contrário de pesquisas de opinião pública.
Os gráficos do Censo de religião mostram o crescimento por localidade, não somente as taxas de crescimento global das religiões nos EUA. E ainda mostra onde o crescimento (ou queda) está ocorrendo. Por exemplo, as igrejas evangélicas cristãs cresceram apenas 1,7 por cento do total dos EUA, e têm experimentado um crescimento significativo especificamente na Cidade de Nova York (13 por cento) e em áreas metropolitanas com mais de 5 milhões de pessoas (12,3 por cento).
"A Igreja SUD é muito ativa na maneira que (ela controla) os membros da igreja - muito mais do que a maioria dos outros grupos religiosos", disse Dra. Marie Cornwall, uma professora de sociologia da BYU, especialista no estudo científico da religião. "E eles não deixam cair as pessoas de sua lista de membros se eles param de frequentar, ou mesmo se migram para outra igreja. Nomes das pessoas permanecem na lista dos SUD, mesmo quando essas pessoas já não se identificam como mórmons".
O outro fator, diz Cornwall, deve ser que os Mórmons e os Muçulmanos tinham números pequenos em 2000, e qualquer tipo de crescimento significativo poderia parecer enorme em termos de porcentagens, e foi o que ocorreu.
A título de ilustração, Cornwall se refere aos números que mostram que a Igreja SUD experimentou um crescimento em mais de 80 por cento na região metropolitana da Cidade de Nova York durante a última década.
"Mas nós não tínhamos muitos mórmons vivendo na área metropolitana de New York em 2000, de modo que qualquer crescimento parece muito inflacionado", disse ela. "É difícil comparar as populações dessa maneira."
Mas Thumma destacou que "em nível nacional, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias ganhou quase 2 milhões de adeptos nos últimos 10 anos nos EUA, de longe, o maior ganho relatado por qualquer outro grupo."
"A contagem de muçulmanos aderentes cresceu mais de 1 milhão, tornando-se maior em porcentagem", Thumma continuou."Em sete estados - Florida, Illinois, Michigan, Nova Jersey, Nova York, Texas, Virginia e Tennessee - o crescimento muçulmano ultrapassou os de qualquer grupo cristão."
Assembléias de Deus, adventistas do sétimo dia e a Igreja de Deus (Cleveland, Tennessee) relataram aumento de pelo menos 100.000 fiéis, disse Thumma.
Thumma também observou que em 30 estados, a Igreja SUD apresentou os maiores ganhos do que qualquer grupo cristão, enquanto os católicos apresentaram os maiores ganhos em 11 estados, as Assembléias de Deus em três estados e em seis outros grupos cada um apresentou o maior ganho em um estado, incluindo o Distrito de Columbia.
Para Cornwall, os dados mais interessantes sobre os mórmons no Censo de religião é visto quando se olha para a penetração da adesão no mapa e vendo onde a igreja não está crescendo.
"Existem áreas no coração da América, onde tem havido uma presença SUD por um longo, longo tempo, mas simplesmente não parece estar crescendo muito", observou ela. "Estas são as mesmas pessoas que Mitt Romney parecem não conseguir impressionar. Por que isso? Eu acho que é algo que a Igreja, provavelmente, deve dar uma boa olhada".
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