Por Ros Krasny
BOSTON (Reuters) - O republicano Mitt Romney lançou-se à sua segunda campanha à Presidência dos Estados Unidos, com um aparato menor e uma mensagem centrada nos problemas econômicos do país. A "questão mórmon", porém, ainda vale para o ex-governador de Massachusetts: será que os norte-americanos estão prontos para colocar um mórmon na Casa Branca? Pesquisas indicam que os eleitores norte-americanos aceitam mais a ideia agora do que quando Romney se lançou pela primeira vez como candidato, em 2008.
Nos extremos, entretanto, muitos ainda desconfiam dos mórmons. Uma pesquisa da Universidade Quinnipiac desta semana indicou que os eleitores se sentem menos confortáveis com a ideia de um presidente mórmon do que um líder de qualquer outra religião, sem ser a muçulmana, ou ateu."O fato de que menos da metade dos eleitores têm um opinião favorável sobre a religião provavelmente se tornará uma questão política com a qual o governador Romney terá de lidar", disse Peter Brown, do Instituto de Pesquisas da Universidade Quinnipiac, em Connecticut.
Romney tem laços mais estreitos com o mormonismo do que outros mórmons da política norte-americana, como o líder democrata do Senado, Harry Reid, e Jon Huntsman, seu possível rival republicano na indicação do partido.Integrante da quinta geração de religiosos -- seus antepassados já estavam envolvidos com a religião em meados da década de 1850 --, Romney é ex-bispo do templo da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias de Massachusetts.
Romney, porém, cuja mensagem de campanha vem ganhando força entre os eleitores, tem buscado evitar ser definido pela religião."Eu separo muito bem as questões de fé pessoal da liderança que uma pessoa tem de ter no sentido político", disse o republicano numa entrevista à CNN esta semana."Você não começa a aplicar as doutrinas de uma religião à responsabilidade de guiar uma nação ou um Estado."
Entrevista na CNN
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