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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Estabelecer Sião no Brasil - Presidente Ulisses Soares

No ano que antecedeu a Restauração da Igreja de Jesus Cristo, Joseph Smith foi instruído, por meio de várias revelações, a preparar todas as coisas necessárias para o estabelecimento de Sião na Terra.

Ao comparar as sessões 6, 11 e 14 de Doutrina e Convênios, vemos uma semelhança, especialmente no versículo seis de cada uma dessas sessões, quando o Senhor diz: "Guarda meus mandamentos e procura trazer à luz e estabelecer a causa de Sião". No Guia para Estudo das Escrituras, p. 192, lemos a definição de Sião: "Os puros de coração (D&C 97:21). Sião também significa o lugar onde os puros de coração vivem". Sempre fiquei impressionado ao pensar sobre a nossa perspectiva de viver em Sião. Viver nessa condição deve ser nossa meta principal nesta vida.

O Senhor falou a Moisés quais são as condições para se viver em Sião: "E o Senhor chamou seu povo Sião, porque eram unos de coração e vontade e viviam em retidão; e não havia pobres entre eles" (Moisés 7:18). Conforme descrito na escritura, a primeira dessas condições é tornar-se "uno de coração e vontade". No sentido das escrituras isso significa tornar-se uno em pensamento, desejo e propósito, primeiro com nosso Pai Celestial e Jesus Cristo, e depois com Seus outros santos.

Quando Nosso Pai Celestial desenvolveu o Plano de Salvação - que foi executado por Seu Filho Unigênito Jesus Cristo - Ele tinha em mente o nosso retorno a Sua presença. Essa experiência mortal que vivemos deve-nos preparar para merecermos esse retorno, numa condição bem mais elevada do que a que tínhamos antes de vir a esta Terra. Mesmo conhecendo as características singulares de cada um de Seus filhos, Ele estabeleceu uma maneira possível de voltarmos.

Para que isso ocorra, será preciso que nos tornemos unos em pensamento, desejo, coração e vontade. Essa união nos permitirá trabalhar juntos para que possamos - todos nós - vencer os obstáculos desta vida e retornar à presença Dele.

Alma ensinou esse princípio ao povo, enquanto estabelecia a Igreja: "E mandoulhes que não contendessem entre si, mas que olhassem para frente com um único fito, tendo uma fé e um batismo, tendo os corações entrelaçados em unidade e amor uns para com os outros" (Mosias 18:21). Somente assim é que vamos conseguir união.

As contendas, argumentações e disputas não promovem Sião e, portanto, devem ser evitadas entre os integrantes da família e entre os membros da Igreja. Esse princípio é tão importante que o próprio Senhor revelou a Joseph Smith o mandamento que está registrado em D&C 136:23: "Cessai de contender uns com os outros". Ao nos esforçarmos para viver essa condição, promoveremos Sião entre nós.

A segunda condição mencionada pelo Senhor a Moisés foi: "Viviam em retidão". Retidão é a qualidade do que é justo, santo, virtuoso, íntegro; do que obedece aos mandamentos de Deus e evita o pecado (Guia para Estudo das Escrituras, p. 192). Quando vivemos em retidão, o inimigo não tem nenhum poder sobre o coração do povo.

Seremos tentados, pois isso faz parte da nossa experiência mortal; mas não sucumbiremos às tentações, pois estaremos vivendo em santidade, justiça e integridade. Essas qualidades se entrelaçam, pois significam honradez, sinceridade, pensamentos bons, perfeição espiritual e moral, pureza de coração e de propósito, entre outras coisas. Jesus Cristo possui todos os atributos que promovem a retidão, pois Ele mesmo foi o maior exemplo ao viver nessa condição durante a experiência mortal.

Ao nos esforçarmos para viver em retidão, estaremos no processo pelo qual nos livraremos do pecado, tornando-nos limpos, puros e santos. Esse processo requer que voltemos nosso coração ao Senhor Jesus Cristo e a Sua Expiação, e que exercitemos nossa fé, arrependendo-nos de nossos pecados com um coração quebrantado e um espírito contrito.

Conforme registrado nas escrituras, teremos nossas vestes branqueadas pelo sangue do Cordeiro e nos tornaremos santos, pois nossa mente, nossos desejos e nossas ações estarão concentrados em Deus.

A terceira condição é "não havia pobres entre eles". Por intermédio de Seus profetas, o Senhor revela - especialmente nestes últimos tempos - a importância de alcançarmos nossa autossuficiência, a necessidade de aprendermos a sustentar a nós mesmos e a nossa família e a auxiliar os pobres e necessitados à maneira do Senhor (ver o documento: Ênfase no Treinamento da Liderança).

O Élder Robert D. Hales, do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou recentemente qual é a maneira do Senhor mencionada no documento acima. Ele disse: "Os princípios de bem-estar inspirados no sacerdócio são tanto temporais quanto espirituais. Eles também são eternos e se aplicam a qualquer circunstância. Sejamos ricos ou pobres, eles existem para nós" (Princípios Básicos de Bem-Estar e Autossuficiência, p. 1). Em seus ensinamentos, ele destaca alguns princípios que devem dirigir nossas ações, como:

O viver previdente
O pagamento do dízimo e das ofertas
A nossa preparação para o futuro (fazer um orçamento, obter instrução e preparar-nos espiritualmente)
Ele ainda acrescentou: "Ser autossuficiente significa sermos responsáveis por nosso próprio bem-estar espiritual e temporal e pelo bem-estar daqueles que o Pai Celestial nos confiou para que cuidássemos. Somente quando somos autossuficientes podemos verdadeiramente imitar o Salvador, servindo e abençoando ao próximo". É importante entender que nossa capacidade e nossa habilidade de servir no reino de Deus aumentam ou diminuem à medida que alcançamos nossa autossuficiência.

Não faz muito tempo, a Primeira Presidência escreveu uma carta sobre a importância de enfatizar os princípios de bem-estar em nossa família e nos conselhos da Igreja: "A aplicação dos princípios e práticas de bem-estar comprovados pelo tempo é essencial para o bem-estar dos membros da Igreja" (Carta da Primeira Presidência, 27 de março de 2009).

Queridos irmãos e irmãs, que possamos envidar todos os nossos esforços a fim de estabelecer Sião entre nós, aqui no Brasil, vivendo os princípios ensinados por nossos profetas atuais. Vivemos tempos difíceis, mas o Senhor nos ama tanto que não nos deixou sozinhos. Temos os profetas vivos, as escrituras e os ensinamentos desse evangelho verdadeiro que nos dá segurança e paz nos tempos de dificuldades que estamos vivendo.

Que possamos nos lembrar do que o Senhor disse a Joseph Smith na seção 68, versículo seis de Doutrina e Convênios: "Portanto tende bom ânimo e não temais, porque eu, o Senhor, estou convosco e ficarei ao vosso lado; e testificareis de mim, Jesus Cristo, que eu sou o Filho do Deus vivo, que eu fui, que eu sou e que eu virei".

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