Não será por falta de apoio dos amigos que Moroni Torgan (DEM) vai deixar de concorrer à Prefeitura de Fortaleza nas próximas eleições municipais, no ano que vem. Vivendo um período sabático, Moroni - que é membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias -, está em Portugal para uma missão religiosa e não pode comentar assuntos políticos. Mas já expressou aos amigos que tem vontade e interesse de enfrentar uma nova campanha, conforme antecipou a coluna Vertical, do O POVO, na semana passada.
Para Ruy Câmara, ex-vice-presidente estadual do DEM e amigo de Moroni, o momento é de aguardar. “Mas ele tem legitimidade para concorrer. Ele foi para o sacrifício outras vezes, mas não sei se ele está preparado para mais uma campanha, com saúde, com ‘saco’ pra enfrentar a mesma coisa de novo”.
Já Erivelto de Sousa, que foi marqueteiro das campanhas eleitorais de Moroni e mantém amizade com ele, acredita que o cenário favorece Moroni.
“Infelizmente não sobraram lideranças que empolguem ou chamem atenção para a Prefeitura de Fortaleza”, afirma. “Fortaleza está vivendo um momento muito ruim em termos de liderança, porque o velho ainda não saiu e novo ainda não nasceu”, critica.
Moroni acumula derrotas nos últimos anos. Em 2000, embora tenha sido derrotado no primeiro turno, foi a surpresa da eleição, ao ficar em terceiro lugar, à frente de Patrícia Saboya que, pelo PPS, concorria com apoio do Governo do Estado.
Em 2002, foi reeleito deputado federal com a segunda maior votação do Estado, pavimentando o caminho para a nova candidatura. Foi sua última vitória.
Em 2004, terminou o primeiro turno na frente, mas, no segundo turno, foi atropelado pelo fenômeno Luizianne Lins (PT). Em 2006, tentou uma vaga no Senado, mas, dessa vez, perdeu para Inácio Arruda (PCdoB).
Em 2008 ele tentou novamente a vaga de prefeito da capital cearense, mas foi derrotado novamente por Luizianne, no primeiro turno, depois de largar na frente nas pesquisas.
Elogios
Ruy e Erivelto não poupam elogios ao possível candidato. “É um homem exemplar do ponto de vista moral, digo com convicção porque o conheço. E ele tem experiência para comandar a cidade”, declarou Ruy.
''Ele tem todas as condições”, reforça Erivelto, que completa: “Mas tem outras questões. É preciso saber como está a aceitação dele, saber se ele perdeu espaço. Essa coisa de eleições não é tão simples”, justifica.
A proximidade do retorno, previsto para o segundo semestre, já pode estar mudando a posição dos apoiadores.
Em outubro do ano passado, o próprio Ruy afirmou ao O POVO que Moroni seria “carta fora do baralho”. Isso porque ele estaria afastado há muito tempo da política cearense e distante dos problemas do Município. Na época Câmara disse que de imediato não via grande viabilidade na candidatura.
Quem
ENTENDA A NOTÍCIA
Sempre que foi candidato, o gaúcho Moroni sofreu críticas por passar muito tempo fora do Ceará. Ele justificava a ausência em função do trabalho como deputado. Mas, mesmo sem mandato, desde 2007, as críticas continuaram. Tais questionamentos devem ganhar ainda mais força pela recente ausência.
Moroni B. Torgan
Moroni e Rosa Torgan, pais de 2 filhos da Estaca de Brasilia Norte estão servindo na Missão Portugal Lisboa. Moroni Torgan foi Vice Governador to Estado de Ceará e eleito deputado federal do Brasil em três legislaturas. Na sua carreira também conta a importante contribuição que deu ao Estado de Fortaleza como delegado da Policia Federal.
Ambos o Presidente e Sister Torgan serviram em muitos chamados na Igreja e ambos serviram na sua juventude como missionários de tempo integral, um na Missão Brasil São Paulo Norte e o outro na Missão Brasil Rio de Janeiro.
Eles chegaram na Missão Portugal Lisoba em Julho de 2009.
Eles chegaram na Missão Portugal Lisoba em Julho de 2009.
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