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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Mulheres SUD - Julia Nompi Mavimbela de Soweto, Africa do Sul

Julia N. Mavimbela nasceu em Standerton, África do Sul, no dia 20 de dezembro de 1917 e foi um líder de uma das organizações de mulheres mais importantes da história da África do Sul, o Women for Peace - uma organização dedicada a uma transição pacífica do regime Apartheid para a democracia no país africano.

Mavimbela também foi presidente do grupo Nacional de Mulheres da África do Sul. Durante os conflitos em Soweto ela estava envolvida na organização de iniciativas para plantio de hortas comunitárias na famosa cidade de Soweto. Ela disse: "Esta é minha mensagem para os jovens. Eles devem tê-la em seus corações. Vamos escavar o solo da amargura, jogar uma semente, mostrar o amor, e ver que pode dar frutos. O amor não virá sem perdoar os outros. Onde tem havido uma mancha de sangue, uma bela flor deve crescer."

Ela foi casada, mas seu marido John morreu em um acidente automobilístico em 1955, deixando-a viúva com seis filhos. Ela sempre foi apaixonada por seu marido, que lhe deixou grandes saudades. 

Um dia ela foi convidada para liderar um projeto de serviço de reforma de uma biblioteca destruída em um dos motins de Soweto. Ao ir ao local ela se deparou com dois jovens brancos que trabalhavam na poeira e calor durante o projeto de serviço. "Ver homens brancos em Soweto era raro, mas vê-los fazer trabalhos manuais para os negros era pura fantasia" disse ela. Julia aproximou-se deles e eles se identificaram como missionários de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e convidou-a para ouvir sua mensagem. Mavimbela recebeu os elderes e ficou impressionada com a doutrina do batismo vicário e das famílias eternas, o que a fez lembrar de seu falecido marido. Mavimbela juntou-se A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (mórmons) em 28 de novembro de 1981. Sobre seu batismo ela disse: "Quando a porta se abriu e eu entrei nas águas do batismo, eu pude realmente sentir o poder da limpeza. Eu senti a verdadeira alegria." Desde então, ela serviu como uma membro da Sociedade de Socorro, como presidente desta organização e diretora de assuntos públicos local da Igreja, além de ter sido uma missionária, incentivando os vizinhos, amigos e familiares para irem à Igreja, distribuindo o Livro de Mórmon também para os líderes do governo. Duas de suas filhas e vários netos se filiaram à Igreja.

Em Setembro de 1985, Julia recebeu sua investidura no Templo de Joanesburgo. "Quando vim pela primeira vez ao templo", lembrava ela, "eu senti que eu pertencia àquele lugar. Antes de entrar para a Igreja, quando eu lia a palavra Israel, eu jogaria o livro de lado e dizia: 'É para os brancos. Não é para nós. Nós não somos escolhidos. "Hoje, eu sei que eu pertenço a uma família real, se eu viver em retidão. Eu sou uma israelita. Quando eu estava fazendo as minhas ordenanças no templo, eu capturei a sensação de que estamos todos na Terra como um só".

"Ser selada ao meu marido e a meus pais foi uma das experiências mais tocantes da minha vida. Eu sinto que meus pais são gratos pelo trabalho do templo que tenho feito por eles. O Espírito Santo me testemunhou isso. "

Julia continuou a servir no templo tão freqüentemente quanto ela pôde. Dentro daquelas paredes, encontrava em abundância a alegria, a paz, o amor, a beleza e a unicidade do espírito que ela sempre cultivou em toda a sua vida. 

Em 1995, ela foi homenageada na Brigham Young University por sua excepcional contribuição à sociedade. Ela também participou do documentário Lives of Service.

Julia Mavimbela sempre se esforçou no serviço ao próximo. Ela realizou muito em seus muitos anos de vida, e seus sucessos ganharam a atenção internacional. Ela foi uma das primeiras diretoras de escola na África do Sul e sempre se empenhou na educação.  Outro trabalho que ela sempre amou é a alfabetização. Por mais de uma década, Julia, que é fluente em sete línguas, trabalhou para estabelecer mais de 780 filiais de uma organização comprometida em eliminar o analfabetismo entre mulheres da Africa do Sul. 

Como todas as histórias verdadeiras, a dela também está repleta de luta. Pobreza, preconceito, e a morte de entes queridos trouxe muita tristeza. Mas suas provas também aperfeiçoou sua serenidade e levou-a a uma incrível descoberta do evangelho de Jesus Cristo.
"Eu fui abençoada para ter, naquela época, uma educação disponível para poucas mulheres negras na África. Toda mulher deve ser capaz de obter uma educação para que ela possa servir os outros". Julia Mavimbela
Julia Nompi Mavimbela morreu em 16 de julho de 2000 aos 82 anos de idade. 

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