Em 1846, membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias foram expulsos de suas casas em Nauvoo, Illinois. Eles passaram o inverno em Nebraska e a primeira companhia partiu com Brigham Young como seu líder na primavera de 1847. Eles chegaram ao Vale de Salt Lake no dia 24 de julho de 1847. A viagem os levou por mais de 1.609 km de terras desabitadas.
Os Mórmons viajaram em carroções, cavalos, e até mesmo carros de mão. Entre 1847 e 1869 mais de 70.000 pessoas cruzaram as planícies para chegar a Cidade de Salt Lake.
Em 1869 a linha ferroviária transcontinental foi concluída e enquanto muitos Mórmons ainda continuavam a se unir em Utah, a Trilha Mórmon deixou de ser usada.
Presidente Gordon B. Hinckley disso o seguinte aos pioneiros: “Aqueles pioneiros que quebraram aquele solo tostado pelo sol dos vales da Montanha Oeste, vieram por uma única razão – ‘encontrar’, como foi registrado que Brigham Young disse ‘um local onde o inimigo não poderia vir e nos cavar para fora daqui. ’ Eles encontraram esse lugar, e contra quase toda adversidade opressiva que se subjugaram. Eles cultivaram e embelezaram esse local para si mesmos. E com uma visão inspirada eles planejaram e construíram uma fundação que abençoa os membros em todo o mundo hoje” (www.lds.org).
Esses primeiros pioneiros tinham uma profunda fé e uma crença forte na Igreja Mórmon, tanto que estavam desejosos de viajar para um deserto inabitado para que eles pudessem viver sua religião sem perseguições.
Eliza R. Snow, uma mulher proeminente no inicio da História da Igreja, escreveu sobre as condições que as mulheres passavam nas trilhas:
“Enquanto viajávamos, mães davam a luz a seus descendentes sob quase toda variedade possível de circunstancias; exceto com aqueles que elas estavam acostumadas – em barracas e carroções – em tempestades de chuva e neve. Que seja lembrado que as mães se referiram que, não estavam acostumadas a vagar pela floresta e por fortes tempestades de chuva e neve… a maioria delas havia nascido e sido educadas nos Estados do Leste – haviam abraçado o evangelho como ensinado por Jesus Cristo e Seus Apóstolos, e por isso estavam se unindo aos Santos; e sob difíceis circunstancias, auxiliadas pela fé, energia e paciência, [e fizeram de] Nauvoo o que o seu nome indicava, ‘A bela’.
Neste local elas tiveram lares amorosos – decorados com flores, e enriquecidos com frutos selecionados das árvores, que estavam apenas começando a frutificar plenamente. Para essas casas, sem arrendamento ou venda, eles tiveram que dar um adeus final, e, com o pouco de seu mantimento que poderia ser empacotado em um, dois, ou talvez em poucas vezes, três carroções, partiram para um deserto, e por que? Para essa pergunta, a única resposta nesse tempo era, Deus sabe” (Leon R. Hartshorn, comp., Histórias Memoráveis das Vidas das Mulheres Santos dos Últimos Dias, vol. 1, p. 216).
Os pioneiros Mórmons provavelmente estão entre os mais organizados viajantes por terra. Presidente Brigham Young organizou as pessoas em companhias de cem, cinqüenta e dez, cada um com um capitão. Pessoas viajando sozinhas, principalmente mulheres e filhos sem um pai eram adotadas em outras famílias para a jornada. Cada um na companhia tinha uma designação e se sentia uma parte importante para o propósito mais elevado da companhia. Os pioneiros trabalhavam para melhorar as estradas, construíam pontes e abrigos, e faziam plantações para os outros pioneiros que passariam depois deles.
Viajar 24 km por dia era considerado bom, e os membros da companhia geralmente se uniam após montar o acampamento para poderem cantar, dançar e ouvir música. Uma pessoa que encontrou muitos Mórmons pioneiros relatou: “Em cada companhia Mórmon geralmente tinha alguns músicos, pois eles pareciam gostar muito de músicas e danças, e tão logo seu trabalho no acampamento havia terminado, os elementos mais jovens se reuniam em grupos e dançavam com tanto entusiasmo que nem parecia que tinham caminhado por cerca de 32 km aquele dia”
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