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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Mitt Romney no debate dos Republicanos - Momentos importantes


Alguns dos sete republicanos que desejam ser o candidato do partido nas eleições presidenciais americanas de 2012 e que participaram do debate em New Hampshire ainda são desconhecidos da maioria dos americanos. Por isso, dizem observadores, preferiram usar a oportunidade para se apresentar ao público americano e concentrar fogo no presidente Barack Obama, em vez de atacarem-se uns aos outros. Outros dois possíveis pré-candidatos não comparecerem ao debate de segunda-feira: Sarah Palin e Jon Huntsman. A seguir, um perfil dos participantes:
MITT ROMNEY: O ex-governador de Massachussets disputou e perdeu, em 2008, a candidatura do partido para o senador John McCain, mas agora lidera em muitas pesquisas a preferência dos eleitores republicanos. Num único dia conseguiu levantar US$ 10,2 milhões para sua campanha, num evento em Las Vegas. Romney tem uma fortuna pessoal estimada em US$ 190 milhões a US$ 250 milhões, e usa sua experiência em negócios para atacar a condução da economia por Obama. Ex-moderado, tem adotado posições mais conservadoras. Seu ponto fraco é o plano de saúde que ajudou a desenvolver em Massachussets e que já foi comparado por um adversário republicano, Tim Pawlenty, ao sistema de saúde defendido por Obama — e que os republicanos rejeitam fortemente. No debate, Romney defendeu seu projeto e lembrou que ele pode ser alterado, caso a população deseje. Calmo e controlado, afirmou que os Estados Unidos estão aberto a todas as religiões, durante uma pergunta sobre questões adicionais ao juramento de lealdade ao país por islâmicos. Diz-se que Romney rompeu com a ortodoxia republicana ao admitir que o aquecimento global é real e que a emissão dos gases-estufa precisa ser reduzida. O fato de ser mórmon pode causar problemas na busca do voto evangélico em geral.
TIM PAWLENTY: O ex-governador de Minnesota surgiu no cenário nacional em 2008, quando seu nome entrou na lista dos possíveis companheiros de chapa de McCain. T-Paw, como é conhecido, tem como credenciais dois mandatos como governador, quando eliminou US$ 4,3 bilhões de deficit estadual, sem elevar os impostos, embora democratas digam que ele usou apenas paliativos para cobrir buracos no orçamento. É fortemente contrário ao aborto e à pesquisa com células troncos. Em sua campanha, promete um plano econômico com corte de impostos a contribuintes e estímulo a negócios. Sua ambição, como demonstrou no debate, é levar o país a um crescimento anual de 5%, embora especialistas considerem o número alto para um país desenvolvido. “Esse presidente vê os EUA como igual a outros países no mundo. Nós não somos o mesmo que Portugal, não somos o mesmo que a Argentina. A ideia de que não podemos ter 5% de crescimento é bobagem”, disse. “Se a China pode ter 5% de crescimento, e o Brasil pode ter 5% de crescimento, então os EUA podem ter 5% de crescimento.” Para os críticos, falta-lhe carisma.
NEWT GINGRICH: O ex-presidente da Câmara enfrenta problemas após alguns dos principais integrantes de sua campanha deixarem seu comitê na semana passada. A equipe apresentava problemas desde o início, mas o êxodo em massa pode afastar doadores. Gingrich foi o arquiteto da vitória republicana no Congresso, em 1994, e autor do “Contrato com a América”, um manifesto político. Ele encerrou sua carreira no Congresso após a derrota republicana nas eleições de 1998. Ele é casado pela terceira vez. Sua atual mulher é Callista, com quem teve um rumoroso caso em meados dos anos 90, quando ainda estava com a segunda esposa. Após anunciar a candidatura, suas críticas a um plano de reforma da saúde proposto por republicanos o deixou em maus lençóis com conservadores, levando-o a pedir desculpas. As revelações de que ele e sua mulher têm uma ampla linha de crédito na joalheria Tiffany’s também não foi bem vista, causando dores de cabeça ao veterano político republicano.
MICHELE BACHMANN: A deputada de Minnesota é uma das favoritas do movimento ultraconservador Tea Party e soube aproveitar sua participação no debate para apresentar a pré-candidatura. Antes de entrar para a política, Bachmann era uma ativista que protestava diante de clínicas de aborto. Criada pela mãe, Bachmann (chamada de Miss Simpatia em sua cidade natal, Miss Anoka) se formou em Direito na Oral Roberts University e em Direito Fiscal na College of William and Mary. Trabalhou como advogada da Receita e chegou a se afastar por um período para criar os filhos. Foi eleita para o Congresso pela primeira vez em 2006 e tem sido uma forte crítica a Obama. Ela é frequentemente comparada a Sarah Palin devido a posições comuns e às gafes, mas poderia se beneficiar caso a ex-governadora do Alasca decidir não concorrer. No debate, apresentou-se como mãe de cinco filhos, além de outros 23 adotivos, e defensora da vida do ventre à morte natural.
RICK SANTORUM: O ex-senador de Pensilvânia, que já ocupou posição de destaque no partido, sofreu uma pesada derrota na tentativa de se reeleger em 2006. Depois disso, passou a atuar numa firma de advocacia, como consultor de negócios e estratégico para empresas, além de às vezes participar como comentarista no canal de notícias Fox News. É considerado conservador tanto em questões fiscais quanto sociais. Ele construiu seu nome uma década atrás ao se opor fortemente a direitos ao aborto e ao casamento homossexual. Tem feito campanha pesada para aumentar suas chances nos estados que escolhem seus candidatos antes.
RON PAUL: O deputado do Texas é um congressista contrário à guerra, que foi derrotado na disputa pela indicação do partido às eleições presidenciais de 2008. Paul é considerado o padrinho intelectual do Tea Party. Sua ênfase no corte do deficit e no tamanho do governo tem ganhado força no Congresso desde novembro, quando os republicanos retomaram o controle da Câmara dos Representantes. Aos 75 anos, Paul é obstetra de formação. No Congresso, atua na Comissão de Relações Internacionais, na Comissão de Serviços Financeiros e na Subcomissão em Política Monetária Interna, onde é um forte crítico ao governo.
HERMAN CAIN: O empresário é um ex-executivo da Godfather’s Pizza, uma rede de fast food de comida italiana. Além de empresário, é colunista e já apresentou programa de rádio na Georgia. Cain foi ainda vice-presidente e presidente do Federal Reserve Bank de Kansas City. Ele mora em Atlanta, onde também é ministro religioso. Membro do Tea Party, Cain nunca foi eleito, mas deseja se tornar o segundo presidente negro dos Estados Unidos.

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