O Creas – Centro de Referência Especializada de Assistência Social, Arlindo Rodrigues, na Tijuca, equipamento da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), está de cara nova. Um mutirão que contou com a participação de 300 pessoas, envolvendo à direção e funcionários do Creas, membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, famílias que utilizam os programas sociais e o comércio local realizaram neste fim de semana uma “faxina” geral no equipamento.Desde a sua implantação, o Creas Arlindo Rodrigues nunca havia passado por uma reforma tão profunda. Na ação foram realizados os serviços de pintura, parte interna e externa, troca de parte da fiação elétrica e equipamentos hidráulicos, portas, pisos e telhado, além de descupinização e dedetização do prédio. Para a assessora da diretoria do Creas, Edna Rocha, o mutirão foi um êxito em todos os sentidos.- Estávamos precisando de uma reforma como essa. E isso gera qualidade. Tanto para a equipe técnica que trabalha no equipamento, como para os usuários, que ganham com um melhor atendimento. Enfim, um lugar melhor para se viver e trabalhar – disse Edna.
A reforma do equipamento da SMAS também marca o início de uma nova e importante parceria. Responsável pelo projeto Mãos Que Ajudam, a participação da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias foi decisiva para o sucesso do mutirão. - A igreja teve um papel muito importante nesta ação. Uma participação que nos encheu de muito orgulho, pois representou o reconhecimento do nosso trabalho. Não foi uma parceria criada sem lastro, sem identificação. Para que chegássemos ao desenvolvimento desta ação, ocorreram reuniões, troca de informações e apresentação do que fazemos aqui. O conhecimento do nosso trabalho foi fundamental para que a igreja decidisse encampar esse mutirão – ressalta a assessora do Creas.
O orgulho a que se refere Edna é atestado pelo diretor de imagem pública da sede administrativa do Andaraí da igreja, Luís Torres. Segundo ele, o trabalho desenvolvido pela direção e funcionários do Creas vai além da dedicação.- Ao tomar conhecimento do que essas pessoas fazem aqui. Da seriedade do trabalho desenvolvido, não tive dúvida em realizar essa ação no Creas Arlindo Rodrigues. Iria realizar essa ação em outro lugar, em uma outra instituição. Mas ao conhecer tudo que é realizado por eles, mudei. Eles não são dedicados. São devotados – assinalou Torres. E ao que tudo indica, essa primeira ação em parceria com Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias já começa a dar novos frutos.
Motivado, Torres anuncia que uma nova ação, em dezembro, já começa a ser articulada, tendo como foco as quase 500 crianças e adolescentes inscritas no Peti - Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, nos 18 pólos vinculados ao Creas. - Conheci os diversos programas, atividades, o atendimento às crianças que fazem parte do Peti, e decidi promover uma segunda ação para o Natal, com a doação de brinquedo e roupas, numa grande festa da igreja na estaca (sede administrativa) do Andaraí – anunciou um entusiasmado Torres.
A ação desenvolvida neste fim de semana faz parte do projeto Mãos Que Ajudam, que teve sua origem há 10 anos, numa ação desenvolvida pela da igreja, chamada Praia Limpa, em Copacabana. A ação foi um sucesso e acabou se tornando um projeto, adotado pelas igrejas nos países em que se encontra presente, em todas as situações de convocação à cidadania.O resgate da cidadania é também a luta do adolescente Marcos Vinícius, de 15 anos, um dos meninos cuja família utiliza os programas sociais oferecidos pela prefeitura no Creas Arlindo Rodrigues. Participar de um mutirão para ter um “lugar novinho em folha”, como ele diz, é um sonho.- Quando não estou na escola (cursa 5ª série do ensino médio), estou aqui. É a minha segunda casa. Aqui, tenho muitas atividades. Faço desenho, judô, capoeira e tenho ajuda nas questões da escola. Assim, tudo quem eu puder fazer para ajudar a melhorar a minha segunda casa, eu farei. Além do mais é muito legal estar com todo esse pessoal – disse Vinícius. Morador da comunidade do morro Casa Branca. Vinícius sonha ser assistente social e "ser como a Tia Edna, para poder ajudar e cuidar de outras crianças". Um sonho que com a participação e ajuda de todos em ações como a deste mutirão, fica mais fácil de ser concretizado.
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