Meu nome é Michael Otterson. Estou aqui representando a liderança de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias para falar do assunto da petição apresentada hoje pelo Human Rights Campaign.
Embora discordemos do Human Rights Campaign em muitos aspectos, também compartilhamos alguns pensamentos em comum. Na semana passada, testemunhamos mortes trágicas ocorridas pelo país como resultado de bullying ou intimidação de rapazes gays. Unimos nossa voz a outras na irrestrita condenação de atos de crueldade ou tentativas de menosprezar ou debochar de qualquer grupo ou indivíduo que seja diferente — sejam tais diferenças de raça, religião, desafios intelectuais, status social, orientação sexual ou de qualquer outro tipo. Tais atos simplesmente não têm lugar em nossa sociedade.
Esta Igreja sentiu o amargo ferrão da perseguição e da marginalização no início de sua história, quando éramos muito poucos em número para nos protegermos adequadamente e as autoridades não pareciam dispostas a nos ajudar. Nossos pais, nossos jovens adultos, adolescente e crianças devem, portanto, ser especialmente sensíveis aos vulneráveis da sociedade e sentirem-se desejosos de se pronunciar contra o bullying ou a intimidação, onde quer que ocorra. Isso é particularmente verdadeiro em nossa própria congregação de santos dos últimos dias. Cada indivíduo e família de santos dos últimos dias deve avaliar cuidadosamente se suas atitudes e ações refletem apropriadamente o segundo grande mandamento de Jesus Cristo: amar uns aos outros.
Como Igreja, nossa posição doutrinária é clara: qualquer atividade sexual fora do casamento é errada e definimos casamento como sendo entre homem e mulher. No entanto, isso jamais deve ser usado como justificativa para a agressão. Jesus Cristo, a quem seguimos, foi claro em Sua condenação da imoralidade sexual, mas nunca cruel. Seu interesse sempre foi elevar o indivíduo, nunca humilhá-lo.
A doutrina da Igreja baseia-se no amor. Cremos que nosso propósito na vida é aprender, crescer e desenvolver e que o irrestrito amor de Deus capacita cada um de nós a alcançar nosso potencial. Nenhum de nós está limitado por nossos sentimentos ou inclinações. Por fim, somos livres para agir por nós mesmos.
A Igreja reconhece que aqueles de seus membros que sentem atração pelo mesmo sexo experimentam profundos sentimentos emocionais, sociais e físicos. A Igreja faz distinção entre sentimentos e inclinações de um lado e comportamento de outro. Não é pecado ter sentimentos, mas ceder à tentação é.
Não há dúvida de que é difícil, mas os líderes e membros da Igreja estão prontos para estender a mão, ajudar e encorajar seus irmãos desejosos de seguir a doutrina da Igreja. A luta deles é a nossa luta. Os membros que sentem atração pelo mesmo sexo mas permanecem fiéis aos ensinamentos da Igreja podem ser felizes durante a vida e prestar relevantes serviços à Igreja. Podem desfrutar de plena comunhão com outros membros, o que inclui frequentar e servir nos templos, e receber todas as bênçãos garantidas a quem vive os mandamentos de Deus.
Obviamente, há quem discorde de nós. Esperamos que qualquer discórdia baseie-se numa total compreensão de nossa posição e não em distorções ou interpretações parciais. A Igreja continuará a se pronunciar para assegurar-se de que sua posição seja corretamente compreendida.
A paternidade e o amor universais de Deus enche cada um de nós com um inato e reverente reconhecimento de nossa dignidade humana. Devemos amar uns aos outros. Devemos nos tratar com respeito como irmão e irmãs e filhos de Deus, não importa o quanto possamos diferir uns dos outros.
Esperamos e cremos firmemente que nesta comunidade e em outras a gentileza, a persuasão e a boa vontade possam prevalecer.
Colaboração: Marcelo Todaro http://marcelotodaro.info/?p=998
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