Com esses recentes acontecimentos no Rio de Janeiro e em outras localidades de nosso país e do mundo, não tem como não pensar nos últimos dias e nos sinais dos tempos. O Senhor alertou-nos a respeito destes dias: "Pois depois de vosso testemunho vem o testemunho de terremotos, que farão gemer a Terra em seu âmago; e homens cairão por terra e não poderão ficar de pé. E vem também o testemunho da voz de trovões e da voz de relâmpagos e da voz de tempestades e da voz das ondas do mar, arremessando-se além de seus limites" (D&C 88:89, 90).
O Apóstolo Paulo profetizou "que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos" (II Timóteo 3:1). Se olharmos nas escrituras veremos que eventos dessa natureza se tornarão cada vez mais comuns e intensos com o passar dos anos. "E ouvireis de guerras e de rumores de guerra; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas essas coisas são o princípio das dores" (Mateus 24:6-8). Os jornais diários comprovam essas profecias. Olhamos assustados as notícias e pensamos: o que acontecerá com o mundo? A cada ano as calamidades se tornam maiores e mais fortes. O medo com relação ao futuro pode tomar conta de nós, principalmente, se pensarmos em nossos filhos e netos e no quão desafiador será viver nesses dias.
Ao mesmo tempo em que o Senhor nos alerta dos sinais dos tempos, Ele também nos conforta dizendo: "Portanto não temais, pequeno rebanho" (D&C 6:34). O Senhor conhece todos os Seus filhos e nada do que acontece a Suas ovelhas está fora da vista do Bom Pastor. Profetizando sobre os últimos dias, Néfi se lembrou de Isaías dizendo: "Portanto ele preservará os justos por seu poder (.). E os justos não devem temer" (1 Néfi 22: 17, 22).
Não podemos evitar que calamidades aconteçam, que guerras e contendas se espalhem pela face da Terra, mas podemos viver de maneira a sermos protegidos de suas consequências e fortalecidos em nossas necessidades. Isso não significa, necessariamente, sermos poupados de sofrimentos e dores. A vida não será livre de desafios, alguns deles são bem amargos de passar. Talvez quiséssemos ficar imunes a essas provações da vida, mas isso seria contrário ao Plano de Felicidade, "porque é necessário que haja uma oposição em todas as coisas" (2 Néfi 2:11). Esses testes acabam se tornando a fonte de nosso crescimento e de nossa força. Por meio dessas experiências acabamos nos tornando melhores e mais próximos de Deus.
Como podemos então amenizar as nossas dores e nos tornarmos mais fortes em tempos difíceis? O Senhor nos aconselhou: "E se o meu povo der ouvidos a minha voz e à voz de meus servos que designei para guiar meu povo, eis que em verdade vos digo que não serão removidos de seu lugar" (D&C 124:45). Se seguirmos a voz do Senhor, mencionada nas escrituras e ensinada por meio de Seus profetas e líderes, estaremos trilhando um caminho mais seguro nestes dias tão conturbados. Um dos mandamentos mais relacionados a essa proteção espiritual e temporal é a lei do dízimo. O Senhor prometeu aos que cumprem esse mandamento: "E, por causa de vós repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; e a vide do campo não vos será estéril". Ele acrescenta em D&C 64:23: "pois aquele que paga o dízimo não será queimado na sua vinda". Os mandamentos são uma bênção e o dízimo, em particular, uma proteção em tempos difíceis.
Que bênção termos o conhecimento do evangelho restaurado em nossa vida. Que bênção termos os mandamentos para nos proteger. Que bênção termos o sacerdócio para nos abençoar. Que bênção termos líderes inspirados para nos guiar nestes últimos dias. Que bênção termos um Salvador que alivia nossas dores e nos conforta! Ele mesmo nos encoraja dizendo: "Portanto tende bom ânimo e não temais, porque eu, o Senhor, estou convosco e ficarei ao vosso lado; e testificareis de mim, Jesus Cristo, que eu sou o Filho do Deus vivo, que eu fui, que eu sou e que eu virei" (D&C 68:6).
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